Na natureza, os animais vivem em busca de se alimentar, não serem predados e se reproduzir. Algumas espécies adquirem ao longo de gerações algumas características que aumentam ou diminuem as chances de sucesso de sobrevivência. Dentre estas adaptações, são vistos alguns mecanismos que são usados por diferentes espécies com o mesmo objetivo, e são frequentemente confundidos entre si. Neste texto, mostraremos as diferenças entre camuflagem, aposematismo e mimetismo, e a importância destes mecanismos para a seleção natural e evolução.
Camuflagem
É uma estratégia na qual os seres vivos apresentam grande semelhança com o ambiente no qual vivem, o que dificulta na localização. Neste caso, podem se assemelhar na cor, na textura ou até no formato.
A camuflagem é subdividida em 2 tipos: a homocromia, na qual os indivíduos apresentam cores semelhantes às do ambiente, e a homotipia, na qual sua estrutura corporal e seu formato se assemelham aos elementos do ambiente. Não tão comumente, a camuflagem pode ser utilizada por predadores, que se escondem no ambiente para surpreender uma presa.
Alguns exemplos de camuflagem são o bicho-pau, cujo formato lembra os galhos das árvores as quais habitam e o conhecido camaleão, cuja cor ainda pode ser alterada para uma melhor camuflagem.
Aposematismo
Ao contrário da camuflagem, o aposematismo é a característica de seres vivos que se destacam fortemente no ambiente onde vivem. Podem possuir cores muito chamativas, que atraem outros seres vivos e, neste caso, o objetivo não é que se tornem imperceptíveis.
Em geral, estes animais são perigosos, podem ser venenosos, peçonhentos ou até mesmo tóxicos de forma a evitar que sejam predados. A coloração chamativa na natureza é chamada de coloração de advertência, justamente pelo risco que se corre ao entrar em contato ou predar um animal que têm esta característica.
Alguns exemplos são a famosa borboleta Monarca, que adquire por meio da alimentação substâncias que tornam seu sabor desagradável para predadores, e as cobras coral, cuja coloração dá uma pista do quão perigosa pode ser.
Mimetismo
Diferentemente da camuflagem, o mimetismo ocorre quando um organismo possui características que o assemelham a um outro organismo, a fim de se beneficiar da proteção que essa semelhança pode oferecer. Os animais que são capazes de mimetizar outros organismos podem passar a ideia para predadores de que são tão impalatáveis e tóxicos quanto aquela espécie que foi mimetizada. Muitas vezes podem também passar a ideia de perigo, causando uma reação de fuga do predador.
Alguns bons exemplos estão relacionados com os exemplos de aposematismo já mencionados. A borboleta Vice-Rei, por exemplo, possui coloração muito semelhante à borboleta Monarca, o que afasta àquele que poderia tentar predá-la.
A seleção natural é uma teoria que foi proposta por Charles Darwin, no século XIX. Ela diz que espécimes de uma mesma espécie possuem características individuais diferentes, que as tornam mais ou menos aptas a sobreviverem, e aquelas que sobrevivem são capazes de procriar e transmitir aos seus descendentes tais características.
Mecanismos como os que foram explicados neste texto são essenciais na seleção natural, pois através deles as espécies ganham uma maior chance de sobreviver, o que é decisivo para sua perpetuação na evolução dos seres vivos.
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Referências:
Acesso em 07 de março, de 2022.
Acesso em 07 de março, de 2022.
Acesso em 07 de março, de 2022.
Acesso em 07 de março, de 2022.
Acesso em 07 de março, de 2022.
Acesso em 07 de março, de 2022.
Sobre a autora: Lara Cecília dos Santos Ângelo, graduanda em Ciências Biológicas/bacharelado- UFU. Pretende dar aula no futuro e ama a área de Anatomia e Fisiologia Humana.
Contato: laracecilia.minasbio@gmail.com
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