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Entomologia Forense, aplicação das moscas na resolução de crimes.

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    minasbioconsultoria
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

A Entomologia Forense, é uma área da ciência que torna os insetos da ordem diptera uma evidência para investigação de crimes através de uma mão de obra especializada no assunto. Apesar de não ser uma área muito utilizada, busca relacionar o comportamento de alguns insetos e alguns artrópodes, associados a um cadáver. Possibilitando determinar local, data e circunstâncias das quais ocorrem o crime. Além, da resolução de crimes violentos com mortes, também há uma aplicação em outros tipos de investigação como maus tratos, tráfico e danos imobiliários.


As características morfológicas dos insetos são essenciais, sendo que é necessário a coleta de espécies com larvas necrobiontófagas, que são responsáveis pela ciclagem de nutrientes, utilizando a matéria/tecido em decomposição como sítio de reprodução, oviposição e fonte de alimento a utilizam da matéria orgânica em decomposição, para a sua oviposição, acelera o estado de putrefação do indivíduo, que pode disponibilizar material genético para identificação.



A microfauna presente dentro de um cadáver pode revelar diversas características baseada na morfologia e anatomia dos dípteros, desde moscas que se alimentam de tecido em decomposição até insetos acidentais como aranhas e ácaros que representam uma parte da área ecológica que o crime ocorreu, sendo que a aplicação da Entomologia forense é predominantemente para determinação de IPM (intervalum pós mortem). Ainda há uma relação com da entomologia com a toxicologia, ou seja a entomotoxicologia ajuda com a identificação de toxinas e drogas presentes em tecidos de insetos necrofágos; A coleta de larvas das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae são as mais recorrentes na estimativa de IPM.


Nos aprofundando ainda mais nesses dípteros, são enumeradas suas características como uma animal decompositor, tendo uma grande importância ecológica nas cadeias ecológicas. As moscas são insetos da ordem diptera, possuindo como característica a presença de dois pares de asas, sendo que o segundo par de asas é reduzido a halteres, tem cabeça móvel e bem distinta do corpo, ainda há presença de aparelho bucal sugador nos adultos e presença de olhos compostos formados por omatídios.



As moscas das famílias Calliphoridae, Muscidae e Sarcophagidae são os primeiros a colonizar cadáveres nas regiões neotropicais. Existe uma relação entre o tempo de captura do exemplar adulto e a idade dos espécimes imaturos, que visa determinar um tempo máximo e mínimo de acordo com a colonização dos insetos após a morte e no momento em que o corpo foi encontrado. Isto é possível devido ao conhecimento científico do ciclo de vida de diversas espécies de moscas. Os peritos coletam as larvas e as desenvolvem até o estádio adulto, evidenciando todos os estádios, que de acordo com a espécie indicada é possível estimar a quantidade da morte.


Fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-2027-4/                                                                                     OVO - L1 - L2 - L3 - PUPA - MOSCA ADULTA
Fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-2027-4/   OVO - L1 - L2 - L3 - PUPA - MOSCA ADULTA

Calliphoridae são caracterizadas por uma cor azul/verde metálico, são comumente as primeiras a colonizar corpos, utilizadas principalmente em casos que há uma decomposição menor. Há um destaque para o gênero Chrysomya que tem ampla distribuição na região neotropical. Exemplo é Lucilia eximia.


Sarcophagidae apesar de apresentarem mais de 50% das espécies que são encontradas primeiramente na colonização de corpos não possuem grandes aplicações devido a dificuldade no diagnóstico das espécies que se baseia em caracteres como a terminália do macho. Exemplo é Sarcophaga argyrostoma.


Muscidae espécies associadas a ambientes antropizados, variam de espécies saprófragas, coprófagas e carnívoras no ramo da entomologia não entra em grande destaque, apesar de ser comum na entofauna cadavérica. Exemplo é Muscina stabulans.





Referencias:

REY, Luís. Parasitologia, 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. E-book. p.746. ISBN 978-85-277-2027-4. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-2027-4/


ENTOMOLOGIA FORENSE: INSETOS AUXILIANDO A LEI, Camila Santos de Santana, Daniel Siquieroli Vilas Boas Faculdade de Ciências Biológica da Universidade Santa Cecília 1myllapink13@bol.com.br Revista Ceciliana Dez 4(2): 31-34, 2012 ISSN 2175-7224 - © 2011/2012 - Universidade Santa Cecília Disponível online em http://www.unisanta.br/revistaceciliana


Santos W.E. (2018) Papel das moscas (Insecta, Diptera) na Entomologia Forense. ISSN 2526-8236 (edição online) REVISÃO Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 2(1): 28–35. © 2018 UFCG / CFP / UACEN http://dx.doi.org/10.29215/pecen.v2i1.578





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Sobre a autora: Anna Beatriz de Moura Santos, natural de Ouvidor-GO, gosta de Biologia Geral e Botânica e está se graduando em Licenciatura na Universidade Federal de Uberlândia.


 
 
 

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