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A História Da Biologia Marinha

A vida no mar tem sido um assunto de fascínio por milhares de anos. Uma das razões mais importantes para o estudo da vida marinha é simplesmente entender o mundo em que vivemos. Afinal, os oceanos cobrem 71% do mundo e, no entanto, apenas sabemos uma parcela de informações sobre seus mistérios, ou seja, quando se trata de entendê-los ainda possuem muitas questões a serem descobertas.


O filósofo grego Aristóteles é considerado por muitos o primeiro biólogo marinho. Ele descreveu muitas formas de vida marinha e identificou uma variedade de espécies, incluindo crustáceos, equinodermos, moluscos e peixes. Ele também reconheceu que os cetáceos são mamíferos, e que os vertebrados marinhos são ovíparos ou vivíparos, contribuindo significativamente para o avanço da biologia marinha.


Fonte: CicloVivo

  • As primeiras expedições ao mar


Um capitão inglês, James Cook, foi um dos primeiros a fazer observações científicas ao longo de suas viagens a alto mar e a incluir permanentemente um naturalista em sua tripulação. Ele foi o primeiro europeu a ver os campos de gelo na Antártica e a aportar no Havaí, na Nova Zelândia, no Taiti e em muitas outras ilhas no Pacífico. Este capitão foi precursor do uso de um cronômetro marítimo, um relógio que possibilita a determinação de sua longitude com precisão e, portanto, a preparação de mapas confiáveis.


Após as explorações de Cook, vários cientistas começaram um estudo mais detalhado da vida marinha, incluindo Charles Darwin. Suas expedições como naturalista residente a bordo do HMS Beagle (1831-1836), renderam coletas e estudos de espécies de vários organismos marinhos, que foram posteriormente enviados ao Museu Britânico para catalogação. Seu interesse pela geologia deu origem ao seu estudo de recifes de corais e sua formação.


Em 1934, William Beebe e Otis Barton desceram 923 m abaixo da superfície da costa das Bermudas em uma batisfera, projetada e financiada por Barton. Este recorde de profundidade não foi quebrado até 1948, quando Barton fez um mergulho na batisfera, chegando a uma profundidade de 1.372 metros/3.028 pés. Neste projeto, Beebe foi capaz de observar a vida marinha em seu próprio ambiente.



Fonte: Educalingo

  • Importantes nomes da biologia marinha


A Dra. Sylvia Earle é uma oceanógrafa, exploradora, autora, comunicadora e palestrante muito importante até os dias atuais. Ela iniciou seus estudos com botânica marinha com base na crença de que a vegetação é a base de qualquer ecossistema. No início de sua carreira, e enquanto ela estava grávida de quatro meses, Earle viajou 30,5 m/100 pés abaixo da superfície em um submersível. Este foi o primeiro de muitos mergulhos submersíveis que ela faria durante sua carreira. Por sua participação em diversas iniciativas pioneiras de investigação marinha à base de mergulhos, protótipos de submarinos, navios de pesquisa, descrição de novas espécies e sua experiência de viver em um habitat marinho subaquático, lhe renderam o status de celebridade na comunidade científica.


Fonte: Evidive

O Dr. Robert Ballard (explorador do fundo do mar) ficou muito conhecido por encontrar o famoso navio Titanic usando tecnologias que ele ajudou a desenvolver, incluindo os veículos operados remotamente e a tecnologia que transmite imagens de vídeo do fundo do mar. Suas primeiras explorações em alto mar levaram à primeira descoberta de fontes hidrotermais durante uma exploração em um submersível tripulado da Dorsal Meso-Oceânica.


Jacques Cousteau foi um dos pioneiros da oceanografia. No começo de sua carreira, estava determinado a respirar ar comprimido com segurança debaixo d'água, para aumentar os tempos de mergulho. Porém, seu trabalho acabou logo levando à invenção do regulador que libera ar comprimido para mergulhadores “sob demanda”, a SCUBA. A combinação do regulador com tanques de ar comprimido permitiu a Cousteau a liberdade de filmar debaixo d'água, o que o fez produzir o documentário "The Silent World", vencedor do oscar de melhor longa-metragem na edição de 1957.


Fonte: Evidive

  • Biologia marinha atualmente


Hoje, as possibilidades de explorações oceânicas são quase infinitas. Além de mergulho, rebreathers, computadores rápidos, veículos operados remotamente (ROVs), submersíveis em alto mar, trajes de mergulho reforçados e satélites, outras tecnologias também estão sendo desenvolvidas. Contudo, a pesquisa interdisciplinar é necessária para continuar construindo nossa compreensão do oceano e o que precisa ser feito para protegê-lo. Afinal, apesar dos avanços tecnológicos, a degradação ambiental e poluição dos oceanos também avança em ritmo acelerado.


Ademais, mesmo com os avanços tecnológicos em curso, estima-se que apenas 5% dos oceanos tenham sido explorados. Isso precisa mudar se quisermos garantir a longevidade da vida nos mares e evitar grandes riscos para a saúde humana e ambiental.


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REFERÊNCIAS:


Uma História do Estudo da Biologia Marinha. Marinebio. Disponível em:


4 biólogos marinhos que também foram mergulhadores importantes. Evidive. Disponível em: <https://www.evidive.com.br/biologos-marinhos/>. Acesso em 27 de março, de 2022.


Biologia Marinha. Portal São Francisco. Disponível em:


William Beebe. Britannica. Disponível em:<https://www.britannica.com/biography/William-Beebe>. Acesso em 27 de março, de 2022.


Doutora Sylvia Earle, a maior exploradora e cientista do mar de todos os tempos. Blog da Ciência. Disponível em: <https://blogdaciencia.com/doutora-sylvia-earle-exploradora-e-cientista/>. Acesso em 27 de março, de 2022.



 

Sobre a autora: Giuliana Palombo Gaspar, graduanda em Ciências Biológicas- UFU. Ama fazer atividades em campo e ter contato com matérias relacionadas à microbiologia.



 


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