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O que é Logística Reversa?

Atualizado: 18 de out. de 2023



A Logística Reversa segundo a Lei nº 12.305/2010, é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.



Fonte: MATS - Unicamp

Vale ressaltar que a Lei nº 12.305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, as responsabilidades dos geradores e do poder público e os instrumentos econômicos aplicáveis, a nível nacional. Essa lei foi um grande avanço para as políticas públicas referentes aos Resíduos Sólidos, no entanto até os dias atuais muitas cidades (em destaques os pequenos municípios) têm dificuldade em se adequar às exigências estabelicidas.


A principal justificativa de inserir a logística reversa nas indústrias é de que ela proporciona vantagens competitivas para a organização tanto em termos financeiros, ao reduzir os custos com embalagens, como também fortalecendo sua marca ao implementar um projeto que respeita o meio-ambiente e procura um resultado sustentável. Os objetivos principais desse conjunto de ações estão diretamente relacionados à proteção do meio ambiente e a saúde pública, geração de oportunidades, seja de emprego, renda ou arrecadação, promover o desenvolvimento sustentável dentro da cadeia de suprimentos e redistribuir os direitos e deveres sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos.


O mecanismo principal da Logística Reversa está relacionada ao recolhimento do seu produto/embalagem depois do consumo ou no fim da vida útil e se responsabiliza pela correta destinação final desse material. Podemos conferir o ciclo nessa imagem:



Fonte: Log Planning

As principais vantagens da logística reversa são:

Desafogamento dos aterros sanitários, visto que grande parte dos resíduos podem ser reciclados;

Minimização do impacto ambiental.

Melhora a imagem da empresa e o cliente fica mais satisfeito.

Recuperar o valor econômico de artigos que tenham sido descartados permite explorar novos mercados.


Mas, como as empresas podem dar uma segunda chance a esses produtos e embalagens?

Para recuperar o valor econômico das referências em desuso e dar-lhes um novo ciclo de vida, os pesquisadores Martijn Thierry, Marc Salomon, Jo van Nunen e Luk van Wassenhove fazem algumas propostas em seu estudo Strategic issues in product recovery management acerca de como gerenciar o retorno da mercadoria:


Conserto: deixar em condições de funcionamento um produto quebrado ou estragado.

Recondicionar: fazer com que o produto usado tenha certos níveis de qualidade (geralmente inferiores em relação aos dos originais).

Refabricação: dar ao produto usado um padrão de qualidade tão rigoroso quanto o do produto original, mas a um custo inferior.

Desmantelação: também denominado desmanche, permite recuperar uma pequena parte dos componentes reutilizáveis para destiná-los a reparo, recondicionamento ou refabricação de outros artigos.

Reciclagem: reaproveitar os materiais ou componentes dos produtos descartados para fabricar novos artigos que não necessariamente sejam iguais aos originais.


Algumas indústrias conseguem fazer a Logística Reversa com excelência, como por exemplo, a indústria de pneu, óleo lubrificante e bateria de carro. Outras indústrias ainda estão engatinhando nesse processo de sustentabilidade.


A logística reversa é de extrema importância, pois promove a sustentabilidade ambiental, a responsabilidade social e beneficia a economia. Ela permite que produtos e materiais sejam coletados, reciclados, reutilizados ou adequadamente descartados, reduzindo o impacto negativo no meio ambiente. Além disso, a logística reversa contribui para a conservação de recursos naturais, a redução de resíduos sólidos e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.


Portanto, a logística reversa é uma escolha inteligente!!!





REFERÊNCIAS:


BRASIL, Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).


GOVERNO FEDERAL (Brasil). SINIR. Logística Reversa. In: O que é Logística Reversa?. [S. l.], 2021. Disponível em: https://sinir.gov.br/perfis/logistica-reversa/logistica-reversa/. Acesso em: 8 set. 2023.


GOVERNO DE SÃO PAULO (Brasil). Logística reversa. In: [S. l.], 2020. Disponível em:https://cetesb.sp.gov.br/logisticareversa/logistica-reversa/motivadores-e-objetivos-da-logistica-reversa/#:~:text=Aumentar%20a%20efici%C3%AAncia%20no%20uso,(promovendo%20o%20chamado%20ecodesign). Acesso em: 8 set. 2023.


LIMA, Madson Denes Romário. Dinheiro. In: LOGÍSTICA REVERSA: UM INTERESSE CRESCENTE. [S. l.], 2008. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/logistica-reversa-um-interesse-crescente. Acesso em: 15 set. 2023.


MECALUX. Logística. In: O que é a logística reversa?. [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.mecalux.com.br/artigos-logistica/logistica-reversa. Acesso em: 15 set. 2023.


PREFEITURA DE SÃO PAULO (Brasil). Logística Reversa. In: [S. l.], 2019. Disponível em:https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/comunicacao/cuide_da_cidade/noticias/?p=276251#:~:text=No%20ano%20de%202010%2C%20a,p%C3%BAblico%20e%20os%20instrumentos%20econ%C3%B4micos. Acesso em: 8 set. 2023.


THIERRY, Martijn et al. Strategic issues in product recovery management. California management review, v. 37, n. 2, p. 114-136, 1995.





 

Sobre a autora: Milena Laura Soares, graduanda em Ciências Biológicas / Licenciatura - UFU, é apaixonada por botânica e pelo ativismo ambiental.








 

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